quarta-feira, 6 de maio de 2009

TIPOS POPULARES DE FOTOGRAFIA

A fotografia de viagem

Graças aos primeiros fotógrafos profissionais é que, como viajantes de poltrona, conhecemos as mais explendorosas maravilhas do mundo - pirâmides egípcias, cataratas do Niagara e Grand Canyon, dentre outras tantas. Equipamentos pesados, chuva e sol escaldante são dificuldades encontradas por estes profissionais, além das sufocantes câmeras escuras portáteis utilizadas para revelar as fotografias. E mesmo assim, estão sempre lá!!!!


Fotografia de guerra e Matthew Brady (1823-96)

Os horrores da Guerra Civil - soldados fazendo pose no acampamento ou no campo de batalha; cadáveres nas trincheiras. As fotografias de Brady registraram a dura realidade da guerra com autenticidade até então desconhecida.


Fotografia documental - Jacob Riis (1849-1914)

Fotografou esconderijos de ladõres, oficinas de trabalhadores mal pagos e moradias pobres para documentar as teneboras condições de vida no Lower East Side (zona sudeste) de Manhattan. Graças às suas imagens, publicadas em um livro entitulado Como Vive a Outra Metade (1890) se chegou às primeiras leis de reforma dos códigos de moradia e leis trabalhistas. A fotografia/PAS "Árabes de Rua na Área da Rua Mulberry" (c. 1889) retrata crianças sem-teto, uma denúncia da miséria e das condições de vida dos pobres urbanos.


Fotografia-retrato

Nadar (1820-1910), caricaturista francês, fotografou os pincipais astros de Paris, como a famosa atriz trágica Sarah Bernhardt, George Sand, Corot e Daumier. Ele concebia a pose, fazia a pessoa posar e iluminava a figura de modo a enfatizar seus traços de caráter. Ao fotografar Sarah Bernhardt, por exemplo, o fotógrafo a fez posar dramaticamente envolta em panos. Nadar inventou a fotografia aérea e esteve entre os primeiros que utilizou a luz elétrica em suas fotografias.


Fotografia de arte

Julia Margaret Camerom (1815-79) quis captar nada menos que a beleza ideal. Quando lhe deram uma câmera, com a idade de 48 anos, ela começou a fazer retratos de vitorianos famosos que, por acaso, eram também seus amigos: Tennyson, Carlyle, Browing, Darwin e Longfellow. Cameron era excelente em definir a personalidade em retratos intensos e dizia: "Quando tive esses homens diante de minha câmera, toda a minha alma se dedicou a fazer seu dever em relação a eles, registrando fielmente a grandeza interna bem como os traços do homem exterior. A fotografia assim tirada era quase a corporificação de uma oração." Foi a primeira a ter lentes especiais, que produziam um efeito de foco suave nas suas fotografias de gênero, alegórica e muitas vezes excessivamente sentimentais. Suas fotografias "fora de foco" buscavam transmitir um clima.

O Nascimento da fotografia

No início do século XIX, as descobertas científicas na área de ótica e química convergiram para a produção de uma nova forma de arte: a fotografia. Em 1826, o químico francês Nicéphore Niépce (1765-1833) fez a primeira imagem fot´gráfica que sobreviveu, uma vista do pátio de sua casa. Para obter a imagem nublada, Niépce deixou uma placa de estanho polido em exposição durante oito horas.
Seu colaborador, Louis-J.-M Daguerre (1789-1837), inventou um processo mais prático de fotografia em 1837. Sua primeira fotografia, "Natureza-morta", era uma vista brilhantemente detalhada de um canto de seu ateliê, que ficou em exposição de dez a 15 minutos. Em 1839, Daguerre inadvertidamente tirou a primeira fotografia conhecida de um ser humano. Sua fotografia de um bulevar parisiense conhecido pela multidão de pedestres apressados não mostra sinal algum de vida, exceto por um homem engraxando os sapatos - o único ser humano que ficou parado tempo suficiente para que sua imagem fosse registrada durante a longa exposição.
Um inglês, Willian Henry Fox Talbot (1800-77), aperfeiçoou ainda mais o processo da fotografia com sua invenção dos calotipos, ou negativos da fotografia, anunciados em 1839. Ele tinha começado a fazer experiências prensando folhas, penas e pedaços de renda contra papel preparado que era exposto à luz do sol. Suas impressões finais de imagens projetadas eram manchadas em comparação com os daguerreótipos nítidos, mas eram obtidas com negativos de papel e impressões em papel.
Logo se seguiram outros avanços. Em 1851, um processo chamado chapa molhada reduziu o tempo de exposição para segundos e produziu impressões quase tão exatas quanto as de Daguerre. Então, foi inventado o tipo de metal, com a imagem numa chapa de metal fina, em vez de vidro delicado. Em seguida, a placa seca liberou o fotógrafo de ter que correr imediatamente para a câmara escura. Não só a imagem se mantinha por mais tempo antes de ser revelada, como a velocidade da exposição era tanta que o fotógrafo não mais necessitava de tripé. Por volta de 1858, a fotografia instantânea substituiu o daguerreótipo. Nos anos 1880, as câmeras portáteis de mão e o filme em rolo tomaram a cena.

(Fonte: Arte Comentada, Carol Strickland, p.92)