No início do século XIX, as descobertas científicas na área de ótica e química convergiram para a produção de uma nova forma de arte: a fotografia. Em 1826, o químico francês Nicéphore Niépce (1765-1833) fez a primeira imagem fot´gráfica que sobreviveu, uma vista do pátio de sua casa. Para obter a imagem nublada, Niépce deixou uma placa de estanho polido em exposição durante oito horas.
Seu colaborador, Louis-J.-M Daguerre (1789-1837), inventou um processo mais prático de fotografia em 1837. Sua primeira fotografia, "Natureza-morta", era uma vista brilhantemente detalhada de um canto de seu ateliê, que ficou em exposição de dez a 15 minutos. Em 1839, Daguerre inadvertidamente tirou a primeira fotografia conhecida de um ser humano. Sua fotografia de um bulevar parisiense conhecido pela multidão de pedestres apressados não mostra sinal algum de vida, exceto por um homem engraxando os sapatos - o único ser humano que ficou parado tempo suficiente para que sua imagem fosse registrada durante a longa exposição.
Um inglês, Willian Henry Fox Talbot (1800-77), aperfeiçoou ainda mais o processo da fotografia com sua invenção dos calotipos, ou negativos da fotografia, anunciados em 1839. Ele tinha começado a fazer experiências prensando folhas, penas e pedaços de renda contra papel preparado que era exposto à luz do sol. Suas impressões finais de imagens projetadas eram manchadas em comparação com os daguerreótipos nítidos, mas eram obtidas com negativos de papel e impressões em papel.
Logo se seguiram outros avanços. Em 1851, um processo chamado chapa molhada reduziu o tempo de exposição para segundos e produziu impressões quase tão exatas quanto as de Daguerre. Então, foi inventado o tipo de metal, com a imagem numa chapa de metal fina, em vez de vidro delicado. Em seguida, a placa seca liberou o fotógrafo de ter que correr imediatamente para a câmara escura. Não só a imagem se mantinha por mais tempo antes de ser revelada, como a velocidade da exposição era tanta que o fotógrafo não mais necessitava de tripé. Por volta de 1858, a fotografia instantânea substituiu o daguerreótipo. Nos anos 1880, as câmeras portáteis de mão e o filme em rolo tomaram a cena.
(Fonte: Arte Comentada, Carol Strickland, p.92)
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